Veja como funciona o empréstimo universitário
O Popular
Até o início do mês, apenas a Caixa Econômica Federal oferecia um crédito específico para o universitário, o Fies (financiamento subsidiado pelo governo federal). Agora, o Banco do Brasil também opera essa linha.
Na esteira dessa mudança de mercado, os bancos privados criaram um produto semelhante. Itaú Unibanco já oferece a linha, e Bradesco e Santander devem colocá-la no mercado em breve.
Renda Mínima - No Fies, o estudante precisa comprovar que não tem condições financeiras de arcar com o curso para poder se candidatar ao financiamento. E mesmo assim pode não obter o empréstimo. Já nas linhas dos bancos privados, a tendência é que as exigências sejam mais brandas. No Itaú Unibanco, basta que o fiador tenha o nome limpo e que a renda da família do estudante equivalha ao dobro do valor da mensalidade.
Prazo - No crédito universitário, o estudante tem o dobro do prazo do curso para quitar seu débito. Assim, cada semestre de estudo é pago em 12 vezes. E ao contratar o empréstimo para o semestre seguinte, o aluno ganha uma carência de seis meses para começar a pagar as parcelas referentes ao segundo semestre. No Itaú Unibanco, por exemplo, quem estuda numa faculdade cuja mensalidade custe R$ 700, gastaria R$ 4.200 no semestre. Ao contratar o crédito, entretanto, esse montante (acrescido de juros de 8% ao ano) se transforma em R$ 4.872, porém pagos em 12 vezes de R$ 406. Isso significa que a prestação cai de R$700 para R$ 406, porém o estudante leva o dobro do tempo para pagar a dívida.
Garantidor - Tanto no Fies como nas linhas de crédito oferecidas pelos bancos, é necessário apresentar um fiador. Para ocupar este papel, basta que a pessoa tenha o nome limpo.
Juros - No Fies, os juros são de 3,5% ao ano. Portanto, quem paga uma mensalidade de R$ 700 totalizando R$ 4.200 por semestre, gastaria R$ 4.347 pelo Fies. Na linha dos bancos privados, os juros certamente serão maiores. O Itaú Unibanco cobra 8% ao ano. Portanto, o custo do semestre, neste exemplo, seria de R$ 4.872.
Cuidados - Embora os riscos de inadimplência nesta modalidade sejam baixos, convém fazer as contas antes de adquirir este empréstimo. Quem nunca usou um serviço bancário e não tem experiência em administrar as finanças pode se atrapalhar. E se não conseguir pagar as parcelas em dia, a renovação do empréstimo para o semestre seguinte do curso não será aprovada. Aí o aluno fica com a dívida, mas sem a faculdade.
