Divair Lourenço da Silva

A minha ÚNIca FAJmília

Em meados do ano 2007 eu realizava um dos meus maiores sonhos, adentrava pelos portões de uma faculdade que me recebia, naquele mês de Agosto, de braços abertos, mal sabia eu que naquele lugar eu não apenas conseguiria o conhecimento que me proporcionaria diversas outras conquistas, pra não dizer sonhos, mas algo que não se pode pagar nesse mundo, ela me concedia, sem ônus, as maiores amizades e me lapidava para a vida.

Eu sempre soube o que eu queria. Ser um oficial da minha instituição que tanto amo era um sonho difícil, ainda mais pra um rapaz de família muito pobre, sem condições algumas de arcar com as despesas de um filho estudante, tive eu mesmo que lutar por isso, trabalhando e estudando, varando as madrugadas, imaginado o futuro, aprendendo com os erros e valorizando as vitorias, assim foi minha vida naqueles tempos, mesclando a dor das batalhas com a alegria de aprender com pessoas tão especiais e importantes.

Muito se falava daquele curso de Direito, a língua de alguns, movimentada por suas mentes pessimistas, tagarelavam um fracasso anunciado, riam ao falar de um reconhecimento que jamais ocorreria, outros, como eu, sempre acreditei nos meus amigos da direção e na capacidade dos alunos de mostrarem que dificuldade alguma suplanta o sonho das pessoas,  estava eu certo como as flechas de Robin Hood na floresta de Sherwood e a UNIFAJ hoje, comemora o reconhecimento pela portaria Nº 9, de 2 de Março de 2012.

Além disso, não é somente a minha querida UNIFAJ que tem o que comemorar, eu como filho dela, tenho muito que agradecer a Deus e a ela pelas vitorias. Ainda no 6° período do curso de Direito, em fevereiro de 2010, as inscrições para o provimento de vagas ao oficialato da PMGO estavam abertas e, ainda que de maneira prematura, eu tinha a primeira oportunidade de realizar um sonho. Sabia também que concorrer com bacharéis de todo o país não era missão fácil, mas eu tinha ao meu lado a dedicação, meus amigos professores e uma biblioteca a disposição.                                  

Nas magníficas aulas proporcionadas pelo insubstituível Prof° Isídio Pinheiro dos Santos, in memoriam, ouvi acerca da posse dos servidores públicos e sabia naquele momento difícil que havia uma chance, caso eu fosse aprovado tinha que convencer o TJGO da aplicação da Súmula N° 266 do STJ, onde meu diploma deveria ser exigido no ato da minha posse ao posto de 2° Tenente, ou seja, daquela época � dois anos adiante, teria assim, tempo de concluir o curso de Direito e regularizar a situação.   

Sempre soube da importância de levar os estudos a sério, assim fiz durante todo o período em que estive nos braços da faculdade de Jussara, mas, naquela situação, devido as adversidades, ser bom não era suficiente, principalmente por causa da concorrência de 50 bacharéis por vaga e da minha ausência de contato com algumas disciplinas que estavam naquele edital e que deveriam ser estudadas somente em períodos futuros. Assim, passei a dedicar 12 horas do período diurno quando trabalhava a noite e 16 horas quando estava de folga.     

Com muita luta e sacrifício, naquele 21 de Abril de 2010 eu aplicava todo o meu esforço e dedicação naquela prova, com pouco mais de 80% de acertos obtive a aprovação, faltava a liminar que me concedesse o direito de frequentar o Curso de Formação de Oficiais (CFO) e esta veio em 12 de Dezembro de 2012, sendo o curso iniciado no dia 1° de Janeiro de 2011, o mérito, por unanimidade, veio em 23 de Novembro de 2011.      

No ano de 2011 passei a ter ainda mais certeza de quão maravilhosa era a minha antiga casa escolar, a transferência foi difícil e tinha eu que formar o mais rápido possível, a vida de um acadêmico da escola de Oficiais não é fácil e eu sempre chegava atrasado, logicamente que não gostava de parecer irresponsável, mas não tinha outra alternativa, nessa época lembrava dos amigos e principalmente de como minha antiga instituição é mal compreendida por alguns, encontrar o coordenador nos corredores, jantar na casa do professor, bater um papo com a diretora na cantina é algo que jamais me ocorreria novamente.  

No final daquele ano, decidi que deveria me submeter a mais um teste, o exame de ordem, pra variar as dificuldades eram grandes, mas estava decidido de que aquilo era necessário e aplicando os conhecimentos advindos da faculdade de Jussara, vez que meu período noutra instituição não fora dos mais proveitosos frente aos meus dias de acadêmico relapso, fui aprovado e é com muito orgulho que digo que sou, de fato, o primeiro acadêmico do Curso de Direito da faculdade de Jussara a ser aprovado no exame de ordem, motivo que me faz dizer, com a maior das certezas que esta instituição é maravilhosa em todos os sentidos.                   

Assim nessas breves e singelas linhas, eu quero homenagear a faculdade de Jussara, dizer que no meu coração ela será eternizada, não há valor que possa adimplir o que ela me proporcionou, queria citar todos os amigos aqui, mas em nome do Prof° Luciano, Prof° Eder, Prof° Luiz Bento, Prof° Ronaldo, Vice-diretor Osmar e a Diretora Leila recebam o meu muito obrigado por tudo e saibam que, este bacharel e futuro Tenente jamais alcançaria seus sonhos, que hoje são realidade, senão pelos conhecimentos e pelo trabalho de toda a família UNIFAJ. Comprometo-me ainda, a jamais negar a minha função social e sempre irei conceder a Faculdade de Jussara todas as honras que ela merece, vez que, ela abrilhantou o meu caminho me condicionou a profissões que sempre desejei e fez de mim um ser humano melhor.

Muito Obrigado!

Divair Lourenço da Silva

Cadete PM 32.528

Edição: Adm. Ivana Paula de Almeida – Coordenadora do CEPE

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